domingo, 22 de novembro de 2009

Os Fivestars

Este texto é dedicado aos Fivestars de Cabeceiras de Basto… Neste ano lectivo foram-me atribuídas 6 turmas, 3 do sétimo ano, 1 do oitavo, uma da noite à qual lecciono duas áreas diferentes e uma turma do 11º ano do ensino profissional. Estava ansiosa por voltar ao ensino regular, pois gosto de motivar os alunos para a história através da elaboração de recursos diferentes ou simplesmente através da palavra. Sobre a educação e a formação de adultos em regime nocturno continuo a não ter uma opinião muito favorável, os temas do referencial são áridos e desajustados à realidade do país, torna-se muito mais complicado motivar os alunos. Provavelmente, serei eu que não estou a desenvolver um bom trabalho ou então que não tenho o perfil e a motivação necessários para este ensino. Este ano lectivo marcou também o meu regresso ao ensino profissional, onde trabalhei numa escola dedicada a este tipo de ensino durante cinco anos. E desses cinco anos o que ficou retido na minha memória foram os alunos…tive turmas inesquecíveis na escola profissional com quem partilhei lágrimas e muitas alegrias. A turma deste ano parece confirmar a regra, são quinze jovens simpáticos que defendem a integração e inclusão social, inclusive dos professores. Recebem-me sempre com sorriso na face por muito aborrecidos se encontrem, não é possível passar uma aula sem soltar uma gargalhada e quando entro na sala 17, os meus problemas ficam definitivamente à porta. Os elementos do sexo feminino, apesar de estarem em minoria, transmitem sensibilidade e empenho, tornando a turma muito completa e atenta aos problemas dos outros. Uma conversa com os alunos desta turma revela que estes têm opiniões formadas, embora por vezes resvalarem para a parvoíce, demonstram reflexão, sentido crítico e principalmente, muito sentido humor. Foi neste âmbito que surgiu a formação da Fivestars, uma banda de música, constituida por cinco elementos da turma, que não sabe tocar, nem cantar, ainda nem decidiu que tipo de música irá representar mas que já tem fãs e admiradoras por toda a escola. Eu fui agraciada com uma fotografia autografada da banda que guardo com muita simpatia e carinho. Os elementos desta turma pela sua simpatia, pela sua idade (muito mais velhos em comparação com os restantes), pela sua beleza deslumbram os alunos da escola e fazem suspirar muitas meninas e meninos. Espero poder continuar a contar com eles para passar bons momentos de ensino e aprendizagem.

sábado, 14 de novembro de 2009

Don't you cry...

Uma nova versão de uma canção dos Guns and Roses fez-me entrar numa máquina do tempo e viajar até ao mês de Agosto e ao ano de 1992. Nesse ano ao som desse tema a minha vida mudou. Até então tinha tido as minhas paixões e amores de adolescente, muito intensas e vividas mas sem consequências futuras. Naquele dia tudo mudou. Ao iniciar uma nova relação percebi o quanto um sentimento profundo pode mudar uma personalidade e quem sabe até a minha vida futura. O meu pragmatismo e a firmeza de carácter foram facilmente debilitadas por uma torrente de emoções que toldavam constantemente a minha forma de pensar. A relação não resultou porque tínhamos formas de estar e de viver incompatíveis e infelizmente não conseguimos ultrapassar esses diferendos. Hoje sei que se estivesse com ele não seria a mesma pessoa e provavelmente também não seria feliz. Porém, não posso esquecer o quanto uma relação pode modificar a filosofia de vida, as crenças, as expectativas. Voluntária ou involuntariamente até hoje não voltei a sentir o mesmo, prosseguimos com as nossas vidas. Porém, voltar a viver aqueles momentos, aquelas emoções, traz-me alguma inquietação, algum aperto no coração e muitas recordações tocantes…