sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Em Cabeceiras de Basto...

O ano lectivo teve o início habitual…ansiedade em saber os níveis a leccionar, em conhecer o horário, a nova escola, os novos colegas, os novos alunos…todas as novidades. Foi com bons auspícios que atravessei o portão do espaço escolar… e fui extremamente bem recebida quer pelos funcionários da secretaria quer pela direcção. O desassossego comum desta fase da minha vida e provavelmente da maioria dos professores tomou conta de mim durante o mês seguinte. Entre reuniões, planificações, preparações de aulas e materiais didácticos, o tempo era pouco, as refeições tomadas a correr e as horas de sono sobressaltadas e sempre em número reduzido. Finalmente a estabilidade começa a entrar na vida profissional e os dias começam a passar de forma mais vulgar. O meu horário é misto, o que significa que tenho aulas em regime nocturno e diurno. O que se verificou ser muito cansativo… acrescido das viagens que são longas visto que faço mais de 170 quilómetros diários. As costas queixam-se…as horas para descansar são reduzidas e por vezes insuficientes para recuperar ânimo e forças. Para uma melhor compreensão… à terça-feira saio de casa perto das 10 horas da manhã e chegando a casa pelas 23h30. Neste dia não há tempo para almoçar pois a hora de almoço está reservada para uma reunião, segue-se uma tarde para o cumprimento das funções do cargo para o qual fui nomeada (coordenadora de subdepartamento) e pelas 19h15 volto a leccionar até às 22h15m. No dia seguinte pelas 8h30 já estou na estrada para um novo dia de trabalho que terminará pelas 23h quando soar a campainha do toque de saída. No dia seguinte poucas horas após ter iniciado o meu descanso regresso à estrada à mesma hora do dia anterior. O cansaço que revelava na primeira semana de aulas obrigou-me a pensar na melhor forma para aguentar este ritmo. O primeiro impulso foi procurar um local em Cabeceiras de Basto onde me pudesse estabelecer, mas o que encontrei não me agradou por razões várias desde o preço às condições apresentadas. Chamei então à memória uma referência às Residenciais existentes na vila, feita pela directora da escola no primeiro dia de Setembro. As condições da primeira que visitei satisfizeram-me. Assim, após uma pequena conversa com a dona consegui um preço especial e na próxima semana ficarei a residir em Cabeceiras de Basto nos dias em que tenho de leccionar à noite.
Entretanto e porque felizmente o trabalho não ocupa totalmente o meu tempo, fui a Almada, estive com amigos e com os meus familiares maternos e quando fiquei por Braga, também passei bons momentos com alguns colegas da escola onde leccionei no ano passado. Saliento as “noites de mulheres” com a Esmeralda e a Xana sempre animadas e com conversas bastante agradáveis.