domingo, 29 de agosto de 2010

Amálgama de Sentimentos

Já por diversas ocasiões abordei aqui a questão dos concursos dos professores. A data de publicação dos resultados do concurso para o próximo ano lectivo aproxima-se... Este ano vivo um conflito de emoções. A escola onde estive a leccionar no ano lectivo transacto convidou-me a ficar neste ano, uma vez que se reuniram condições para que tal acontecesse. Eu aceitei e é quase certo que voltarei à escola básica de Cabeceiras de Basto. Porém, invade-me uma mescla de sentimentos, se por um lado gostei da escola, do ambiente entre colegas, do apoio da direcção, do início de algumas amizades, de alguns alunos fantásticos que também pretendem o meu regresso, por outro custa-me muito partir e deixar Almada, a minha família, os meus amigos, depois penso no Inverno, na chuva, no gelo, na neve, no frio e sinto uma enorme tristeza... e uma sensação de aperto apodera-se do meu coração, da minha alma.
Queria ter uma varinha de condão e colocar a escola de Cabeceiras de Basto com todas as suas pessoas numa redoma que seria disposta no centro do Concelho de Almada.......

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

O amadurecimento...

Fui criada com a estranha sensação que os meus pais eram super-heróis que resistiam a tudo e a todos. Qualquer dificuldade era superada ou contornada. Tinham sonhos e ambições que me iam transmitindo ao longo do meu crescimento.
Esta verdade irrefutável foi traída pelo diagnóstico de leucemia que o meu pai recebeu. Ao longo dos poucos meses que o meu pai sobreviveu e lutou contra este infortúnio assisti ao seu definhamento, procurando evitar, essencialmente, o seu sofrimento!
Actualmente, é com grande sofrimento que acompanho, impotente, ao envelhecimento da minha mãe... E é uma árdua tarefa.
A minha mãe é imparável, gosta de ser independente, saúdo o facto de ainda manter essa independência. Porém, verifico que algumas capacidades vão se perdendo todos os dias e não são recuperadas.
Sou acometida por uma grande tristeza quando o meu amparo, o meu apoio vai desmoronando-se a cada dia que passa.