No início do ano lectivo quando recebi o meu horário, verifiquei que iria estar a trabalhar com o reconhecimento e validação de competências (RVC). Para perceber um pouco melhor este sistema frequentei uma acção de formação da responsabilidade da Agência Nacional para a Qualificação em parceria com a Universidade do Minho. Em traços muito gerais, o RVC significa que a experiência de vida pode ensinar-nos tanto ou ainda mais que o ensino tradicional associado à escola. De forma mais concreta, através de uma reflexão da sua história de vida, um adulto pode ser certificado num ou mais graus de ensino (6º ano básico, 9º ano básico, ou secundário).
Existe um referencial onde se encontra uma listagem de competências que os adultos deverão demonstrar.
Inicialmente estranha-se a ideia, será possível que existam pessoas com histórias de vida tão riquíssimas?
Depois, conhecemos o grupo de pessoas com quem vamos trabalhar e lemos as suas histórias produtivas e soberbas e concluímos que em certos casos a ideia faz todo o sentido.
Na passada segunda-feira fui ao cinema e assisti ao oscarizado “Quem quer ser bilionário?” e reconheci na tela um exemplo de RVC, um menino de um bairro de lata que adquiriu uma série de conhecimentos através da sua experiência de vida… E confirmei a ideia de que os passos que damos na vida nos ensinam tanto ou mais que a escola, não é facilmente aceitável.
Para o grupo de adultos que estou acompanhar a sua experiência de vida proporciona-lhe reconhecimento pessoal e escolar. No filme, a experiência de vida torna-se milionária.
2 comentários:
tambem vi o filme =) foi excelente. adorei.
Beijinhos
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