sábado, 27 de dezembro de 2008

Natal em Almada

Adoro o Natal…mantendo a tradição, passei-o em Almada com a família materna. Os primos Colaço são muito animados e divertidos quando estão juntos e estes momentos são, por norma, alegres e memoráveis. O que mais me entristece é que, provavelmente, para o ano já não será assim, uma vez que dois deles irão abandonar o grupo para se juntarem à família das respectivas namoradas. Não quero pensar nisso, por agora. Sei que o Natal, tal como nós passamos, é exactamente como eu o imagino e idealizo. Por isso, só desejo que esta magia e este encanto não desapareceram.
Após o Natal, combinei uma saída com o Jorge. O Jorge, mais do que meu amigo, é amigo da família. Conheci-o ainda na escola secundária num torneio de voleibol e apesar de ultimamente, sobretudo devido às minhas ausências profissionais, os nossos encontros serem mais esporádicos, quando nos encontramos há sempre assunto para conversarmos. São oportunidades de passar um tempo interessante e divertido.
Fomos dar uma volta por Almada à noite, como fizemos tantas vezes durante muitos anos. Fomos ao bar Murana onde um dos gerentes foi meu colega da escola secundária. Aliás…foi uma das minhas grandes paixões da adolescência, confesso que ainda sinto um arrepio quando ele me chama Aninha. Mas, actualmente, essa situação não deixa ser apenas uma recordação dos tempos de escola e apenas isso. É como se por instantes entrasse na máquina de tempo e regressasse aos 15 anos quando as minhas grandes preocupações eram se “Ele” iria se interessar por mim tal como eu estava por ele.
Esta viagem ao passado, começou logo à entrada do bar quando encontrei o João… (o João é hoje uma figura pública com muito sucesso no panorama musical português)e também foi da minha turma no 11º ano, e se eu não parecia uma menina de 14 ou 15 anos naquele momento, pouco faltou. Não sabia o que dizer…fiquei envergonhada e só balbuciei banalidades. Apesar da vergonha que senti por ter voltado uma teenager tímida e pouco interessante … foi uma noite divertida, adorei estar com os meus colegas da escola e, principalmente, foi aliciante entrar na máquina do tempo até aos 16 anos… Deleito-me ao recordar o meu passado e o que fui mas também não sou saudosista…gosto de viver cada etapa da vida intensamente deliciando-me com cada instante!

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Continuação das novidades

Quando fui a Almada recebi uma notícia pesarosa, o pai da minha amiga de infância, a Rita, faleceu no dia 28 de Novembro após 3 anos de luta contra um cancro nos pulmões. Entristeceu-me a angústia e a dor nos olhos e no coração da Rita. Entristeceu-me e senti-me impotente por não a poder confortar e aliviar o seu sofrimento. O local, o acontecimento, o sofrimento trouxeram-me recordações dolorosas e penosas...relacionadas com o falecimento do meu pai.
Como já havia combinado estar com a Paula e com a Telma, no domingo, dirigi-me, ainda sorumbática, para a casa da Paula onde me esperava um lanche muito requintado e bem guarnecido. Foram bons momentos que passaram como num ápice como sempre acontece com situações agradáveis. A forma como o tempo passou rapidamente foi tão inexplicável que vesti o casaco para ir embora às 19h e acabei por ficar na conversa até perto da meia-noite.
Mais um encontro para recordar…

domingo, 7 de dezembro de 2008

Algumas novidades

Após uns dias de interregno de ligação à internet devido a uma falha da empresa fornecedora, consegui voltar ao meu diário e tenho tanto para dizer que nem sei por onde começar… Dia 14 de Novembro terminei a minha pós-graduação em Educação Especial, com a defesa do meu projecto final. Tal como eu previa, os nervos e a ansiedade não me abandonaram prejudicando enormemente aquele momento. Em todo o caso, a nota final que foi atribuída ficou bem acima das minhas melhores expectativas, o que significa que me deixou bastante agradada. Este dia foi muito especial para mim, por outros motivos. Dividi o momento da apresentação com aquela que me inspirou ao longo de todo curso, pelos seus conhecimentos, pelo seu pragmatismo, pela sua capacidade de trabalho, principalmente pela sua personalidade e amizade. Foi uma honra defender o meu projecto com a Telma, a Deusa da Educação Especial (epíteto que criei). Connosco a apoiar-nos esteve a Paula e a sua presença comoveu-me. Foram momentos muito emocionantes para mim e que consolidaram a consideração e a amizade que sinto pela Paula e pela Telma. Por tudo de bom e de mau que vivi, o dia 14 de Novembro será inesquecível.
Durante pouco mais de um mês tive a companhia, no norte do país, do meu amparo, a minha mãe. Esta pessoa maravilhosa, que me inspira todos os dias, ajudou-me não só no trabalho mas também como apoio e suporte nos momentos de maior desânimo. Regressou no fim-de-semana transacto a Almada. Estou novamente sozinha, o que não é de todo negativo, visto que aprecio estar só e desfrutar de momentos de tranquilidade e sossego. No fim-de-semana que levei a minha mãe, regressei a Almada e as saudades apossaram-se de mim, a viagem de regresso a Marrancos foi feita com muito desânimo e desalento. Quando cheguei a casa de pedra imaginada pelo meu pai num dia muito frio, o desconforto não terminou, o aquecimento central teimava em não reatar, por possível gelo nos canos, as dificuldades em adormecer foram muitas por não conseguir aquecer o corpo. Foi um regresso cheio de adversidades. As adversidades foram rapidamente esquecidas quando voltei ao meu trabalho e às minhas rotinas.