segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

De volta à rotina!

Estou de volta à rotina do trabalho...O ambiente entre os professores que ensinam os cursos EFA, na escola, está péssimo e a situação tem vindo a deteriorar-se ao longo deste mês. A situação começou a afectar-me, durmo mal, tenho grandes dificuldades em adormecer. Sou por natureza preocupada e atenta mas também sou exigente comigo e extremamente profissional e como penso em primeiro lugar nos alunos/formandos a situação está a perturbar-me. Tenho receio que toda esta situação transpareça para os alunos e que estes sejam prejudicados. Na Educação e Formação de Adultos é fundamental o trabalho cooperativo, os formadores devem e é obrigatório trabalhar em equipa e em parceria. Quando o grupo não se entende, isso reflecte-se claramente no trabalho realizado. É por esta razão que vou andando com algumas preocupações e inquietações. Com o desejo que este pesadelo termine rapidamente ou que seja o ano lectivo a acabar prontamente.
No fim-de-semana recebi uma visita muito agradável de um aluno do ano lectivo transacto da escola de Vale de Milhaços, foi muito simpático e o tempo voou a matar saudades. Foi um momento diferente no meio de toda a agitação.
Espero voltar ao meu diário bem mais disposta e alegre.............até lá!

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

O novo ano chegou...

A interrupção lectiva avança de forma célere para o fim. Tento aproveitar eficazmente todos os instantes que me separam do meu regresso a Marrancos e a Braga. A última noite do ano 2008 foi passada em Almada na festa organizada pela Câmara Municipal. O fogo-de-artifício foi lançado junto ao rio Tejo tendo como cenário a fragata D. Fernando e Glória II. A noite estava agradável e a chuva conteve-se enquanto a festa durou. Os momentos da passagem de ano foram partilhados com milhares de pessoas, o que me agrada, por princípio, e em particular com uns colegas da Faculdade e com o meu amigo Jorge. No meio das conversas trocadas, uma das pessoas, que se encontrava comigo, dizia que para ela o ano 2008 não devia ter existido, insinuando que problemas sentimentais haviam-lhe arruinado o ano, trazendo-lhe problemas de saúde. Fiquei a reflectir sobre aquelas palavras…Será que também pretenderia retirar este ano do calendário da minha vida?
O que me trouxe o ano 2008?
Em termos profissionais, estive colocada na escola de Vale de Milhaços, onde gostei muito de desenvolver o meu trabalho pelas características dos alunos. As relações estabelecidas com os discentes e com colegas foram excelentes. Por ter horário incompleto, durante 3 meses acumulei com um horário nocturno na escola onde frequentei o ensino secundário. Tive oportunidade de leccionar a adultos, o que já não acontecia há mais de oito anos. O final do ano conduziu-me a novas experiência com os cursos EFA e o processo de RVCC e ainda à mudança de casa até ao norte do país. Estas ocorrências não me permitem lamentar.
Em termos pessoais, mantive as amizades que são de extrema importância, para mim. Passei bons momentos com os meus amigos, fiz novas amizades através da pós-graduação, principalmente, a minha querida Telma. Por falar em pós-graduação, terminei a minha especialização com resultados acima das minhas expectativas. Consegui ultrapassar algumas das minhas inseguranças, desenvolvendo um dos meus maiores interesses, estudar, aprender, saber mais.
Ainda não foi em 2008 que me cruzei com alguém com quem desejasse partilhar a minha vida…porém já me conformei em relação à ideia da não existência do príncipe encantado reservado para mim… E esse conformismo não me acarreta especial tristeza ou infelicidade.
Foi com muita dor que vivi a perda da minha tia Zizinha no início do ano. No plano da saúde, o surgimento repentino, em Maio, do carcinoma e a sua excisão trouxe, para além do susto, uma nova perspectiva de vida baseada no receio e na preocupação de uma possível recaída ou no aparecimento de outros problemas de saúde. Mas, por outro lado, revelou-me quão frágil e breve pode ser a nossa vida. Hoje, provavelmente, aprecio e valorizo mais momentos frugais proporcionados pela companhia da minha mãe e restante família, pelas conversas trocadas com os amigos, pela leitura de um bom livro, por um bom filme, uma boa música ou simplesmente pelo sossego. As experiências, as vivências e as lições de 2008 não são, definitivamente, para desprezar… Assim no calendário da minha vida o ano que agora terminou não poderá nem será para esquecer.