O ano lectivo teve o início habitual…ansiedade em saber os níveis a leccionar, em conhecer o horário, a nova escola, os novos colegas, os novos alunos…todas as novidades. Foi com bons auspícios que atravessei o portão do espaço escolar… e fui extremamente bem recebida quer pelos funcionários da secretaria quer pela direcção. O desassossego comum desta fase da minha vida e provavelmente da maioria dos professores tomou conta de mim durante o mês seguinte. Entre reuniões, planificações, preparações de aulas e materiais didácticos, o tempo era pouco, as refeições tomadas a correr e as horas de sono sobressaltadas e sempre em número reduzido. Finalmente a estabilidade começa a entrar na vida profissional e os dias começam a passar de forma mais vulgar. O meu horário é misto, o que significa que tenho aulas em regime nocturno e diurno. O que se verificou ser muito cansativo… acrescido das viagens que são longas visto que faço mais de 170 quilómetros diários. As costas queixam-se…as horas para descansar são reduzidas e por vezes insuficientes para recuperar ânimo e forças. Para uma melhor compreensão… à terça-feira saio de casa perto das 10 horas da manhã e chegando a casa pelas 23h30. Neste dia não há tempo para almoçar pois a hora de almoço está reservada para uma reunião, segue-se uma tarde para o cumprimento das funções do cargo para o qual fui nomeada (coordenadora de subdepartamento) e pelas 19h15 volto a leccionar até às 22h15m. No dia seguinte pelas 8h30 já estou na estrada para um novo dia de trabalho que terminará pelas 23h quando soar a campainha do toque de saída. No dia seguinte poucas horas após ter iniciado o meu descanso regresso à estrada à mesma hora do dia anterior. O cansaço que revelava na primeira semana de aulas obrigou-me a pensar na melhor forma para aguentar este ritmo. O primeiro impulso foi procurar um local em Cabeceiras de Basto onde me pudesse estabelecer, mas o que encontrei não me agradou por razões várias desde o preço às condições apresentadas. Chamei então à memória uma referência às Residenciais existentes na vila, feita pela directora da escola no primeiro dia de Setembro. As condições da primeira que visitei satisfizeram-me. Assim, após uma pequena conversa com a dona consegui um preço especial e na próxima semana ficarei a residir em Cabeceiras de Basto nos dias em que tenho de leccionar à noite.
Entretanto e porque felizmente o trabalho não ocupa totalmente o meu tempo, fui a Almada, estive com amigos e com os meus familiares maternos e quando fiquei por Braga, também passei bons momentos com alguns colegas da escola onde leccionei no ano passado. Saliento as “noites de mulheres” com a Esmeralda e a Xana sempre animadas e com conversas bastante agradáveis.
1 comentário:
Apesar destes pequenos problemas que encontrou ao vir para cabeceiras esperamos que agora tenha mais horas de descanco que sao nessecarias para nos poder animar no dia seguinte.Tudo isto sao coisas que nos tem de dar animo para enfrentar a vida de frente e tentar ultrapassar tudo o que nos vai acontecendo.
Tiago,Luis Barroso.
Beijinhos.
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