sábado, 18 de outubro de 2008

Acerca de mim...

Pelo que vou escrevendo e revelando as pessoas podem ir desvendando a pessoa que se encontra atrás destas linhas.
Em todo o caso, penso que será interessante partilhar a visão que construí sobre a minha pessoa.
Em pequena fui muito mimada e amada por ser a primeira menina na família da minha mãe e a mais nova na família do meu pai. O ambiente em que cresci foi sempre de muito amor e com a nítida certeza, de que para a minha família, eu e o meu irmão éramos o centro do universo. O facto de ter tido graves problemas de saúde, enquanto pequena, fortificou a cobertura protectora. Com 5 anos saí de casa para a escola, conheci um mundo novo e foi no convívio com os outros que comecei a conhecer-me.
Sempre fui muito tímida, nunca conseguindo iniciar uma conversa ou convidar alguém para brincar. Para além da timidez, era uma criança de aspecto banal que não atraía colegas nem professores. Tentei conquistar os outros respondendo sempre às solicitações e estando atenta aos seus problemas para tentar dar-lhes resposta. Esta foi a estratégia de uma criança de 6,7 anos para conquistar os amigos. Na escola tentava estar atenta e cumprir com as tarefas pedidas, dando assim uma imagem mais positiva aos professores da minha pessoa. Sempre gostei muito de ler e recebia muito estimulo em casa para tal, o que foi um factor positivo para a escola. Não gostava e não gosto de ler em voz alta mas os conhecimentos que adquiria, assim como o despertar da imaginação e da criatividade, que a leitura permitia, levava a que desempenhasse algumas tarefas escolares com mais facilidade.
Esta estratégia persiste, actualmente, apesar de nem sempre resultar, como é óbvio. Com os amigos sou naturalmente calada mas bem disposta, continuo observadora e sempre solícita quando vejo que há alguém que necessita de uma amiga.
Nos estudos ou trabalho permanece a minha concentração e o esforço para tentar compreender o que me é explicado ou o que eu devo saber para desempenhar a minha função. Continuo cumpridora e aplicada.
Passados alguns bons anos confesso que a estratégia delineada apenas com 5 ou 6 anos terá sido a que melhor se adapta, ainda à minha vida. E reflectindo mais profundamente, hoje não mudaria nada do que fiz. Temos que ser ambiciosos o quanto basta e ter a noção de até onde podemos ir e eu sei que dificilmente conseguiria melhor do que fiz e do que sou actualmente.

4 comentários:

:.Nês.: disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
:.Nês.: disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Flora disse...

Olà Ana!

Vim fazer uma visita e vejo com agrado que ha muitas novidades por aqui!

Gostei particularmente deste último Post onde conseguiste abrir uma frestinha da janela sobre a tua personalidade. Estás duplamente de parabens, em primeiro lugar porque sei que és reservada, e como custa partilhar a nossa intimidade aqui na tela! Em segundo lugar, porque o fizeste de forma brilhante, numa escrita leve e apaixonante!

Já pensaste em escrever um livro, um romance? Quem sabe os ares de Marrancos te tragam a inspiração...

Fico à espera de um exemplar...autografado!

Xi coração!
Flora

www.100-rumos.blogspot.com

Anónimo disse...

É sempre bom orgulharmo nos daquilo que fomos e somos. E fomos nós que construimos isso tudo. Com a ajuda dos outros vamos construindo a nossa vida e vive la da maneira que achamos melhor. Nem sempre ela é como nós queremos. Mas temos sempre de dar valor aquilo que temos de melhor e conquistamos, nem que seje conquistado com os nossos erros. Mas tudo o que fizemos tornou nos em alguém, respeitado, amigo e de quem muitos necessitam e gostam de nós assim como somos... e o mais importante ainda é gostarmos nós de nós proprios e nao mudarmos por ninguem aquilo em que nos tornámos.