sábado, 28 de julho de 2007

3º dia em Londres

Reservei a manhã deste dia para a parte leste e sul da cidade. Quando cheguei ao Tube (o Metro), verifiquei que as estações do metro da parte da cidade para onde me dirigia estavam encerradas, durante o fim-de-semana, devido a obras de melhoramento (o Underground londrino remonta à 2ª guerra mundial). O que fazer? Decidi resolver um problema ou melhor uma estação de cada vez. Primeira etapa: St Paul's Cathedral, local onde os príncipes de Gales contraíram matrimónio. Majestosa e soberba, esta Catedral anglicana destaca-se pela sua cripta onde é prestada homenagem a todos os que perderam a vida em nome do Reino Unido, dos mais conhecidos ao mais incógnito. É importante para a preservação e compreensão da história inglesa. Segui a pé até ao Tate Modern, localizado no lado sul da cidade, na outra margem do rio. Esta passagem só é possível, através de uma ponte pedestre inaugurada recentemente. O Tate Modern ocupa o edifício de uma antiga central eléctrica, o que o torna singular. Infelizmente não tenho sensibilidade suficiente para compreender e apreciar a arte moderna, por isso demorei-me uma escassa meia hora neste museu. O meu maior problema era, como ir até à Tower Brigde (na foto) e à Tower of London? A distância era razoável, optei pelo mais fácil...fui andando a pé por um caminho junto ao Tamisa no lado sul da cidade. Foi uma escolha...óptima ...mas cansativa. Este passeio junto ao rio foi extremamente agradável, podendo apreciar a vista da cidade e caminhando sempre, salvo raras excepções, junto ao rio. Passei pelo Shakespeare Globe Theatre ou pela católica e bonita Catedral de Southwark até à Tower Bridge, um dos locais mais emblemáticos de Londres. Subi à passarela superior onde é possível fotografar a cidade em todos os ângulos (como é visível na fotografia) e visitei as caves/oficinas com toda a maquinaria que permite elevar o tabuleiro inferior da ponte. Apesar de ter apreciado, considero o preço da visita à ponte demasiado elevado. Atravessei a ponte para a margem norte do rio Tamisa onde parei para visitar a Torre de Londres. Fortificação imponente, foi construída para garantir a defesa da cidade e serviu também de palácio real. Nela tiveram lugar alguns dos episódios mais sangrentos da história inglesa (como a morte de Ana Bolena ou de Eduardo V e seu irmão, que são apenas os mais notórios). Actualmente, na visita a esta fortificação, para além de observar alguns dos instrumentos de tortura e armas de defesa utilizados ao longo do tempo, é possível contemplar algumas das jóias da Coroa como a Coroa da Rainha Mãe. Antes de iniciar a minha visita ao interior das diversas torres que compõem o edifício, acompanhei um beefeater (um guarda oficial da torre) que com algum humor (o típico humor inglês) relatou sucintamente a história da fortificação. Deveras fascinante.
Quando saí, caminhei cerca de 20 minutos até à estação de Metro mais perto a funcionar. A chuva voltava a incomodar. Ainda fotografei o Monument, construído para assinalar a reconstrução da cidade após o último incêndio que devastou Londres. Segui para o bairro de Notting Hill que é exactamente como vemos na televisão e nos filmes, ou seja, um local de sonho dentro da grande metrópole de Londres. Em Notting Hill e num sábado não podia deixar de percorrer o famoso e gigantesco mercado de Portobello, onde nas suas imensas bancas ou nas lojas que o circundeiam podemos encontrar um pouco de tudo ou as coisas mais inacreditavéis. Ao sábado junta-se a este mercado da moda londrina a venda de antiguidades e aqui respira-se um ambiente muito peculiar.
O cansaço voltava a intensificar por isso encaminhei-me para o Hyde Park pelo Speaker's Corner e aproveitei uma das muitas cadeiras que se encontram espalhadas pelo parque para repousar um pouco e desfrutar a calma que a natureza nos oferece mesmo no centro da cidade de Londres. Quando vi no céu um tom ameaçador resolvi dar uma volta pelo parque, porém a chuva começou a cair intensamente e o passo de passeio passou a de corrida, ainda consegui vislumbrar o lago Serpentine, o Speke's Monument e o monumento de tributo à princesa Diana. Continuei rapidamente até a residência onde após um bom banho e mais algum descanso, saí para jantar.

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